O que é cinofobia?

Em Cães, cachorros e caninos por André M. Coelho

A visão de um cão te faz entrar em pânico? Só de passar perto desses animais você não consegue controlar o suor, as tremedeiras, e o medo irracional desses animais? Você pode estar sofrendo de cinofobia. Mas o que é isso? Como alguém pode ter medo de cachorro?

Fobia de cachorro ou cinofobia: o que é?

A cinofobia vem das palavras gregas que significam “cão” (cyno) e “medo” (fobia). Uma pessoa que tem cinofobia experimenta um medo de cães que é irracional e persistente. É mais do que sentir-se desconfortável com os latidos ou os cachorros. Em vez disso, esse medo pode interferir com a vida diária e desencadear uma série de sintomas, como problemas de respiração ou tonturas.

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Fobias específicas, como a cinofobia, afetam cerca de 7% a 9% da população. Eles são comuns o suficiente para serem formalmente reconhecidos no Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (DSM). A cinofobia cai sob o especificador “animal”. Cerca de um terço das pessoas que procuram tratamento para fobias específicas tem um medo irracional de cães ou gatos.

Sintomas do medo de cachorro

Suas chances de encontrar um cachorro no dia a dia são relativamente altas. Com a cinofobia, você pode sentir sintomas quando você está perto de cachorros ou mesmo quando está pensando em cachorros. Os sintomas associados a fobias específicas são altamente individuais. Não há duas pessoas que possam experimentar o medo ou certos disparadores da mesma maneira. Seus sintomas podem ser físicos, emocionais ou ambos. Os sintomas físicos incluem:

Os sintomas emocionais incluem:

As crianças também têm sintomas específicos. Quando exposto ao que lhes provoca medo, a criança pode fazer birra, se apegar demais ao cuidador, chorar. Por exemplo, uma criança pode se recusar a deixar o lado de um cuidador quando um cachorro está por perto.

Fatores de risco para a fobia de cães

Você pode ou não ser capaz de especificar exatamente quando seu medo começou ou o que o causou pela primeira vez. Seu medo pode acontecer de forma aguda devido a um ataque de cachorro, ou se desenvolver de forma mais gradual ao longo do tempo. Há também certas situações ou predisposições, como a genética, que podem colocá-lo em maior risco de ter cinofobia. Fatores de risco específicos podem incluir:

Experiência

Você já teve uma experiência ruim com um cachorro em seu passado? Talvez você tenha sido perseguido ou mordido? Situações traumáticas podem colocá-lo em risco de desenvolver a cinofobia.

Idade

As fobias afetam crianças e adultos. Em alguns casos, fobias específicas podem aparecer pela idade de 10 anos. Elas podem começar mais tarde na vida também.

Família

Se um de seus parentes próximos tem fobia ou ansiedade, você provavelmente poderá desenvolver medos irracionais também. Pode ser herdado geneticamente ou se tornar um comportamento aprendido ao longo do tempo.

Disposição

Você pode estar em maior risco de desenvolver fobias se você tiver um temperamento mais sensível.

Informação

Você pode estar em risco de desenvolver cinofobia se você já ouviu coisas negativas sobre estar perto de cães. Por exemplo, se você lê sobre um ataque de cachorro, você pode desenvolver uma fobia em resposta.

Medo de cães

O medo de cães pode atrapalhar muito sua vida, mas se lembre de que é possível tratar e curar esse medo irracional. (Foto: skbeta.ru)

Diagnóstico da cinofobia

Para ser formalmente diagnosticado com uma fobia específica como a cinofobia, você deve ter experimentado seus sintomas por seis meses ou mais. Se você notou que seu medo de cães começou a impactar sua vida diária, você pode querer manter um diário pessoal para compartilhar com seu médico. Pergunte a si mesmo:

Se você respondeu sim a essas perguntas, você pode se encaixar nos critérios de diagnóstico estabelecidos pelo DSM para uma fobia específica. O seu médico é necessário para fazer o diagnóstico exato do problema. Uma vez que você marcar uma consulta o seu médico provavelmente irá lhe fazer perguntas sobre os sintomas que você está enfrentando, bem como perguntas sobre sua história psiquiátrica e social.

Como perder o medo de cachorro e tratar a cinofobia?

Nem todas as fobias requerem tratamento pelo seu médico. Quando o medo se torna tão intenso que você evita parques ou outras situações onde você pode encontrar cachorros, há uma variedade de opções disponíveis. O tratamento inclui coisas como terapia ou tomar certos medicamentos.

Psicoterapia

A terapia cognitivo comportamental (TCC) pode ser incrivelmente eficaz no tratamento de fobias específicas. Algumas pessoas relatam resultados em apenas 1 a 4 sessões com um terapeuta. A terapia de exposição é uma forma de TCC onde as pessoas enfrentam os medos de frente. Enquanto algumas pessoas podem se beneficiar da terapia de exposição in vivo, ou estar envolvendo cachorros na vida real, outros podem obter um benefício semelhante ao que se denomina exposição imaginal ativa ou imaginar-se realizando tarefas com um cachorro.

Medicação

A psicoterapia geralmente é eficaz no tratamento de fobias específicas como a cinofobia. Para casos mais graves, os medicamentos são uma opção que pode ser usada em conjunto com a terapia ou a curto prazo se houver uma situação em que você esteja ao redor dos cães.

Prognóstico do tratamento para a cinofobia

Se sua cinofobia é leve, você pode se beneficiar de diferentes opções de estilo de vida que podem ajudar a aliviar os sintomas desencadeados por seus medos. Experimente diferentes técnicas de relaxamento quando se sentir ansioso, como praticar exercícios de respiração profunda ou praticar ioga. O exercício regular é outra ferramenta poderosa que pode ajudá-lo a gerenciar sua fobia a longo prazo.

Para casos mais graves, consulte o seu médico. Tratamentos como a terapia comportamental geralmente são mais eficazes quanto mais cedo você começar. Sem tratamento, as fobias podem levar a complicações mais graves, como distúrbios de humor, abuso de substâncias ou mesmo suicídios.

Você tem ou já teve medo de cachorros? Como realizou o tratamento? O que te ajudou a superar o medo?

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André sempre se preocupou com animais de estimação e já teve cachorros, gatos, chinchilas, peixes, e hamsters. Para poder cuidar dos seus bichos, teve de pesquisar e estudar muito, conversando com técnicos e profissionais da área. Desde 2012, decidiu compartilhar com os leitores do blog o conhecimento que aprendeu em todo este tempo.

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