O que é a distrofia progressiva em cães? Quais os sinais?

Em Cães, cachorros e caninos por André M. Coelho

Distrofia muscular é uma doença hereditária que afeta os músculos. Sinais de distrofia muscular são tipicamente vistos no início da vida do cão (de um a três meses de idade) e progridem à medida que o cão envelhece. Existem várias formas de distrofia muscular observadas em animais e humanos. A forma mais comum de distrofia muscular em cães é observada nos Golden Retrievers.

O que causa a distrofia muscular em cães?

A distrofia muscular em cães está tipicamente associada a um defeito de um gene no cromossomo X. O cromossomo X é um cromossomo sexual; os cães machos têm uma cópia do cromossomo X, enquanto os cães fêmeas têm duas cópias do cromossomo X. Como os cães machos recebem apenas uma cópia do cromossomo X, é mais provável que apresentem sinais de distrofia muscular do que as fêmeas. As fêmeas recebem duas cópias do cromossomo e, portanto, são mais propensas a receber pelo menos uma cópia funcional do gene.

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Em cães com distrofia muscular, o corpo produz uma versão defeituosa de uma proteína chamada distrofina. Sem distrofina funcional, as membranas das células musculares estão vazando. A distrofina anormal permite que substâncias que devem permanecer dentro da célula vazem e permite que substâncias estranhas entrem na célula. As membranas celulares com vazamento podem, portanto, levar a anormalidades na estrutura e função muscular.

Quais são os sintomas da distrofia muscular em cachorros?

Os primeiros sinais de distrofia muscular são uma marcha rígida ou um cachorro que “pula de coelho” desajeitadamente com as pernas traseiras. Esses cães também apresentam menor agilidade e tolerância ao exercício, em comparação aos cães normais.

Cães afetados geralmente desenvolvem atrofia muscular ou diminuição da massa muscular. A atrofia muscular pode fazer com que os ossos ao longo da coluna, costelas e crânio do cão pareçam mais proeminentes do que em um cão normal.

Os primeiros sinais de distrofia muscular são uma marcha rígida ou um cachorro que pula como coelho desajeitadamente com as pernas traseiras.

A distrofia muscular também afeta os músculos utilizados para comer e engolir. Cães com distrofia muscular podem regurgitar devido a uma condição conhecida como megaesôfago. No megaesôfago, o esôfago não move alimentos para o estômago normalmente, resultando em comida e água no esôfago.

Cães com distrofia muscular geralmente têm línguas anormalmente grandes, dificultando a ingestão e a ingestão de bebidas. Eles podem babar excessivamente, porque é difícil para eles engolir sua saliva.

Cão e distrofia muscular

A distrofia muscular pode ser um problema grande para o cão, mas há tratamento para amenizar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do seu amigo peludo. (Foto: The Eagle)

Diagnóstico da distrofia muscular em cães

Seu veterinário pode suspeitar de distrofia muscular com base na aparência clínica do seu cão. O trabalho de sangue de rotina é normalmente normal, embora alguns cães tenham níveis elevados de uma enzima muscular chamada creatina quinase.

O diagnóstico de distrofia muscular requer uma biópsia muscular. Para este teste, seu cão será colocado sob anestesia geral. Uma vez anestesiado, seu veterinário criará uma incisão na pele diretamente sobre um músculo. Várias pequenas amostras de tecido muscular serão removidas através desta incisão. A incisão será então suturada fechada.

Dependendo do material de sutura utilizado, seu veterinário pode precisar agendar seu cão para uma visita de acompanhamento para remoção da sutura. Em alguns casos, o veterinário pode usar sutura dissolvente que se romperá nas próximas semanas.

Após a cirurgia, as amostras musculares serão enviadas para um laboratório de diagnóstico para processamento e avaliação especiais. O exame das células musculares sob o microscópio é normalmente adequado para diagnosticar a distrofia muscular, mas serão necessários mais testes especializados para determinar o tipo exato de distrofia muscular que está presente.

Existe um teste genético disponível para distrofia muscular?

Sim, existe um teste genético disponível que rastreia a distrofia muscular. Este teste pode ser usado nos Golden Retrievers, para procurar a mutação específica que pode ser realizada nesta raça. O teste genético pode ser usado para identificar se um cão é afetado pela distrofia muscular, por um portador assintomático da distrofia muscular ou se está livre da mutação.

Somente fêmeas podem ser portadoras assintomáticas de distrofia muscular. Os portadores assintomáticos têm um cromossomo X portando um gene de distrofina normal e um cromossomo X portando um gene de distrofina anormal. Os cães machos carregam apenas um único cromossomo X e, portanto, qualquer cão macho portador de um gene de distrofina anormal apresentará sinais de distrofia muscular.

Se meu cão é diagnosticado com distrofia muscular, o que pode ser feito?

Não há tratamento para a distrofia muscular. Várias terapias experimentais foram estudadas, incluindo injeções de células-tronco e terapia genética, mas essas terapias não foram aprovadas para uso clínico. Os esteroides podem retardar a progressão da doença, mas a doença permanece fatal na maioria dos casos. À medida que os músculos se deterioram, os cães aumentam a dificuldade de obter nutrição e sofrem uma diminuição da função cardíaca.

Quando um cão é diagnosticado com distrofia muscular, é importante tomar medidas para evitar a criação de mais cães com distrofia muscular no futuro. Um cão com diagnóstico de distrofia muscular não deve ser procriado, mesmo que sobreviva à idade adulta. A mãe de um cão afetado também não deve ser procriada, pois ela provavelmente é portadora da característica. Seu status de portador pode ser confirmado com testes genéticos.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas e iremos responder!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

André sempre se preocupou com animais de estimação e já teve cachorros, gatos, chinchilas, peixes, e hamsters. Para poder cuidar dos seus bichos, teve de pesquisar e estudar muito, conversando com técnicos e profissionais da área. Desde 2012, decidiu compartilhar com os leitores do blog o conhecimento que aprendeu em todo este tempo.

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